Monday, October 31, 2005

I Love You #1

George Clinton... és a minha alegria.

xxx

Saturday, October 29, 2005

Ring Ring #1

*tó-ni-nó-ni-nó-ni-nó-ni*

"

Scar: Tô.

Dalila: Olá meu caro.

Scar: Dalila, minha babe.

Dalila: Scar, meu leão.

Scar: Já vi que sofreu imenso ontem à noite.

Dalila: É um facto, Scar, estou até cheia de nódoas negras por causa do violentíssimo moche no Indústria. Afinal a Carla não era a única que julgava estar num concerto dos U2.

Scar: Deixe lá, melhores noites hão-de vir. Posso sempre dar-lhe a minha pomada para os furúnculos.

Dalila: Qual é a que usa? Só conheço a Hemorroidx, que uso depois das orgias em sua casa.

Scar: É essa mesmo, pode usar à vontade nas suas nódoas negras porque também funciona.

Dalila: Então já viu que até suscitamos comentários por parte de alguns dos mais destacados membros do variadíssimo quadro de DJs portugueses?

Scar: É verdade, Dalila... todo o universo parece revolver em torno de nós. O apoio é tanto quanto o ódio, mas a atenção é inegável. Provamos que uns coneiros, mesmo que mesquinhos e ácridos, são capazes de reduzir a cinza quaisquer aparentes verdades pré-estabelecidas. Bom, pareço o Sartre a falar... em todo o caso... a crítica construtiva está em falta, minha deliciosa colega.

Dalila: Concordo consigo meu caro. Talvez esteja na altura de deixar de ouvir Jake Fairley e começar a pensar em algo mais positivo.

Scar: Aproveito para a fazer: como dizia um mutley, "o Lux não é uma instituição de caridade" e de facto não é... e se alguém o confundisse com tal, seria pela quantidade de materiais anestésicos que se consomem na casa de banho, de tal maneira grande que parece até um centro da Cruz Vermelha...

Dalila: Por falar em Lux e anestésicos, já reparou que a programação do próximo mês quase que roça o bom, com ligeiros laivos até de excelência!!

Scar: É inegávelmente fortíssima... com King Britt, noite Basic Channel ou Juan McLean, vamo-nos empanturrar de boa música.

Dalila: Finalmente algum psiquiatra com pulso conseguiu medicar aquele programador esquizofrénico de tendências paranóicas e múltipla personalidade.

Scar: O problema é depois no Vitalic e no Kitten... podemos ir cagar logo a seguir como se não houvesse amanhã. Porque quando se sacia a fome, tem-se de (à posteriori) purgar os dejectos resultantes. Recomendo ao Manuel que ponha muitas sanitas na pista, quando o Vitalic tocar!

Dalila: De facto, vou evitar cruzar-me com tal pista de dança nessa noite em que a inovação electrónica se cruza com um hominídeo do Neanderthal.

Scar: Bem minha querida, vou deixá-la porque terei de ir pôr pomada na verruga e de seguida preparar-me para mais uma noite passada a tomar notas em alguns dos mais importantes clubes alternativos de Portugal.

Dalila: OK. Farei o mesmo. Adeus meu leão.

Scar: Ate logo minha babe.

"

*pi-p-pi-p-pi-p-pi-p-pi-p*

Duas tempestades e um vendaval. Ou como sair a noite e ficar mal disposta em 3 minutos apenas.

Pois é. O blog nasceu, e em dois dias teve mais visitas de origem duvidosa que a casa do Sócrates ao fim de semana. Não esperava tais apoquentados comentários aos calorosos posts do meu querido e amiguérrimo Scar, ou secalhar fui pita inocente demais em pensar que afinal não passamos todos de uma cambada de frustrados que não assina os posts.

De qualquer forma parece-me relevante fazer um pequeno relato da longa noite de hoje que só não acabou comigo a vomitar-me toda depois de uma horas de perigoso descalabro no Indústria do Porto porque felizmente, já fui acérrima anorética e percebo destas coisas do controlo de emissão de jactos gastro-intestinais.

De visita temporária ao Porto comecei por ir ao cada vez mais em decadência Trintaeum, onde entro com as minhas amigas lindas de morrer, de curvas sumptuosas e embigos ao léu, e somos imediatamente assediadas por um bando de fozeiros de 40 anos que certamente de seguida foram bater pívias para a casa de banho, uns aos outros.

Era uma noite especial, daquelas em que uma rede que faz lembrar uma hera cheia de aranhiços infiltrou-se nas paredes decoradas com o já clássico padrão Art Noveau misturado com buracos causados por acidentais penetrações de cigarros, cigarrilhas, charutadas e afins. I.N.F.I.L.T.R.A.T.I.O.N. com Rui 31 e Antony Millard. Pois é Millardzinho, fica-te aqui pela nossa Lisboa onde tocas muito bem porque no Porto a tua detroitzada parece que não cola. No Porto é tudo uma cambada de anormais que gostam de élétro-xunga, já dizia o meu amicíssimo, (meu deus, quando é que esta gente aprende que o electro nasceu e quase morreu com o James Stinson? (R.I.P.!)). Quanto ao acompanhante de serviço, o revenrendíssimo Rui 31, não tenho palavras asquerosas o suficiente para descrever o mauzérrimo gosto de misturar um disco do James Holden com um disco do Carl Craig. Enfim, à boa maneira alfacinha, mandei-o ir cagar à mata.

"Vamos para o Indústria, que se faz tarde e esta merda tá vazia!!!" - disse a Carla, depois de beber um T.G.V. que lhe deve ter caído mal como o caralh*.

E lá fomos nós, as gatas, com direito a entrada VIP, pela porta VIP, com o segurança VIP e disposição imediata de duas linhas de coca de bónus, servidas pela boazona de serviço, obviamente VIP (Lux, quando é que aprendes???). Quando percebemos no que nos fomos meter já era tarde. DEMAIS! Mr Rui (já deu o que tinha a dar) Vargas, variava entre discos maus da Poker Flat e discos horríveis da Poker Flat (Steve, reforma-te tu também), com ligeiros apontamentos de bom gosto (há muito posto de parte) que remontam a esquecidos clássicos da majestosa Traxx, servidos num prato de nouvelle cuisine elaborado pelo santinho Farley Jackmaster Funk. O problema maior nem eram os discos dessa editora exemplar de élétró (lol), mas sim o facto de parecer que estávamos num concerto dos U2. Sim, podiamos dançar, mas só com a ponta dos nossos cabelos Panténe, tal era a rude quantidade de zombies pseudo-fashion enlatados numa cave suada (dito assim até parece que falo da última festa de acid house que fui em 1991), que ali estava, para ouvir o Verga.

"Esta música é do Zooropa?? Quando é que tocam a Discotheque??" - pergunta a Carla, já tão fodida dos seus majestosos cornos que se abaixou no meio da pista e mijou ali mesmo, porque não lhe apeteceu ir à casa de banho, tal era a fila de pitas histéricas de 16 anos.

É óbvio que passados breves momentos decidimos pôr fim a esta noite de memorável MERDA, mais uma no panorama pantanoso do Porto, onde duplas como Freshkitos teimam em impingir o seu gosto execrável a alminhas inocentes que fariam melhor do que tar a ouvir versões élétro sacadas da net do Jichael Mackson.

Voltamos para Lisboa no nosso super mega Chevrolet, oferecido pelo queridíssimo pai da Carla, depois de mamarmos uns belos de uns croissants com checlate da padaria da Miquinhas, mesmo ao lado da casa de putas mais fashion da cidade, o Via Rápida.

E assim se passou mais uma noite na Inbicta. Agora só lá volto quando os Freshkitos se decidirem a fazer o show de strip que há tanto prometem. Oh ElectroGugu vais mas é ao Tallon, senão até os ratinhos espantas!!!

Quando é que aprendo... mein Gott.

Dalila, a Poderosa

Wednesday, October 26, 2005

O primeiro post.

Este é outro blog de escárnio. E mal-dizer. É um blog sobre a noite. É um blog sobre música. Boa música. É um blog sobre DJs. Sim, essa nova espécie que tende a alastrar de dia para dia, como se de uma borbulha no rabo se tratasse. É um blog que pretende pôr as pessoas erradas no lugar errado. Porque certamente a noite portuguesa precisa de vigias, vigias que percebam que é tudo uma grande merda, salvo raras e honrosas excepções. Benvindos ao Fratricida.

Thursday, October 06, 2005

fratricida

fratricida, s. 2 gén. pessoa que mata ou concorre para a morte de um irmão ou irmã; (fig.) o que é cúmplice da ruína daqueles que deve considerar como irmãos; adj. 2 gén. referente à guerra civil, (do lat. fratricída-,)